Com a expectativa de vida cada vez mais elevada, os brasileiros têm procurado mais consultórios com sinais de testosterona baixa. Afinal, a queda desse hormônio masculino após os 40 anos é acentuada com o avanço da idade.
Essa condição é conhecida como distúrbio androgênico do envelhecimento masculino e desencadeia diversas mudanças no homem, que vão além do âmbito sexual.
Neste artigo, vamos explicar como você, médico andrologista ou urologista, deve direcionar seus pacientes com testosterona baixa. Apresentamos um amplo panorama sobre o assunto:
1. Quais são os principais indícios de testosterona baixa?
Conforme mencionamos na introdução deste artigo, um paciente com testosterona baixa apresenta uma série de sintomas sexuais e não sexuais. Entre eles, destacam-se:
- Falta de interesse sexual;
- Incapacidade de manter a ereção;
- Alteração no humor;
- Irritabilidade;
- Problemas de memória;
- Desorientação espacial;
- Menor atividade intelectual;
- Episódios depressivos.
Os efeitos da testosterona baixa no homem, conforme esta publicação do Dr. Dráuzio Varella, também incluem:
- Perda de massa óssea;
- Diminuição da massa muscular;
- Redução da fertilidade;
- Aumento da massa gordurosa;
- Aumento do risco de diabetes.
Diante desses sinais, associados à idade avançada, é fundamental que o médico investigue o problema e realize o diagnóstico. Afinal, só com o tratamento adequado o paciente com testosterona baixa poderá recuperar sua qualidade de vida.
2. Como esse diagnóstico deve ser realizado?
Para diagnosticar a testosterona baixa, é necessário realizar um exame de sangue a fim de avaliar os níveis desse hormônio. Resultados inferiores a 200 ng/dL confirmam essa condição.
Alguns pacientes podem apresentar indícios de sintomas de hipogonadismo mesmo com níveis normais. Esses casos requerem exames mais detalhados.
3. Qual tratamento prescrever para baixa testosterona?
O tratamento mais utilizado em homens com testosterona baixa é a reposição hormonal. Sua função é reduzir os sinais de hipogonadismo. Contudo, esse tratamento deve ser realizado de maneira cautelosa, levando sempre em consideração as particularidades daquele paciente e acompanhando seus níveis de hormônio.
Um dos procedimentos possíveis é a injeção intramuscular de cipionato de testosterona, sendo de curta duração, que deve ser aplicada a cada duas semanas. Para surtir o efeito desejado, é necessário aplicar essas injeções diversas vezes. No entanto, estamos falando de um tratamento eficaz, com uma excelente relação custo-benefício.
Outra alternativa é a aplicação de undecilato de testosterona, que apresenta um efeito prolongado, apesar do custo mais elevado. Seus efeitos perduram por até dois meses e meio. Aplicar testosterona em gel também é uma opção bastante segura e eficiente.
4. Contraindicações do tratamento com reposição hormonal
O tratamento com reposição hormonal traz uma série de benefícios, mas também apresenta contraindicações. Conforme aponta estudos, a reposição de testosterona pode causar:
- Câncer de próstata;
- Câncer de mama;
- Apneia do sono;
- Insuficiência cardíaca;
- Aumento excessivo na quantidade de glóbulos vermelhos;
- Obstrução da urina devido ao aumento da próstata.
Sendo assim, pacientes que aderem à reposição, por terem testosterona baixa, devem se submeter ao toque retal e à avaliação do sanguínea. Isso deve ser feito três meses após o começo do tratamento e depois, de seis em seis meses.
5. Outros hormônios que diminuem com o avanço da idade
Veja a seguir outros hormônios que, assim como a testosterona, diminuem com o avanço da idade:
T3 e T4
Esses hormônios são produzidos pela tireoide e impactam em todo o organismo, influenciando desde o funcionamento do intestino até a manutenção da temperatura, a saúde do coração e o sistema nervoso.
Sua produção reduz especialmente após os 80 anos, prejudicando o equilíbrio do organismo dos idosos. Para amenizar esse problema, recomenda-se a ingestão de iodo.
Melatonina
Produzido pela glândula pineal, esse hormônio é liberado durante a noite e influencia o início do sono. É de suma importância, pois pessoas que dormem pouco são sérias candidatas a ter diabetes, pressão alta e Alzheimer.
A falta de melatonina afeta especialmente pessoas com cerca de 50 anos, mais do que os mais velhos. Para minimizar esse problema, recomenda-se a prática de exercícios físicos e uma rotina de sono.
Hormônio do crescimento (GH)
Além de ser essencial durante a fase de crescimento, esse hormônio atua na manutenção dos músculos, redução de gordura e afeta o sistema cardiovascular.
Para conter sua queda, é importante evitar hábitos nocivos como o fumo e o excesso de álcool. Exercícios físicos também são recomendados.
Lendo este artigo, você aprendeu mais sobre a testosterona baixa e a queda de outros hormônios devido ao avanço da idade. Continue acompanhando nosso blog e aprenda muito mais.