O tratamento injetável de hormônios é importante porque a andropausa afeta homens a partir dos 35-40 anos de idade, causando perda da libido, diminuição da massa muscular, disfunção erétil e perda da energia sexual. Além de depressão, diminuição da performance cognitiva, aumento da gordura abdominal e insônia, entre outros sintomas.
Ela é causada, entre outros fatores, pela diminuição dos níveis de testosterona. Seu diagnóstico, baseado na testagem do nível hormonal, define se é necessário aderir ao tratamento injetável de hormônios.
No tópico a seguir, serão expostas seis dicas que devem ser consideradas para abordar o assunto com os pacientes. Continue acompanhando:
Tratamento injetável de hormônios: dicas para abordar o assunto com os pacientes
Ao receber o diagnóstico de Distúrbio Androgênico do Envelhecimento Masculino (DAEM) ou andropausa, é natural que os pacientes tenham dúvidas sobre o assunto.
Por esse motivo, ao recomendar o tratamento injetável de hormônios como solução, é essencial se aprofundar sobre o tema para que eles se sintam seguros. Sendo assim, o médico deve explicar como funciona o tratamento, quais as possibilidades de componentes e que resultados esperar.
Confira algumas informações que você pode disponibilizar aos seus pacientes.
Reposição hormonal não provoca câncer de próstata
Por mais de 60 anos, a classe médica questionou se a reposição hormonal estaria associada ao câncer de próstata. Contudo, estudos demonstraram que o procedimento é seguro quando bem realizado, sendo, inclusive, recomendado a homens que já tiveram câncer de próstata.
Por outro lado, para homens que ainda estão tratando o câncer de próstata ou o câncer de mama, a reposição hormonal é contraindicada.
Os níveis de testosterona podem afetar o humor
A produção de testosterona, que diminui após os 30 anos de idade, está diretamente relacionada à saúde mental do homem. Esse é mais um motivo para aderir ao tratamento injetável de hormônios quando diagnosticada a andropausa.
Ter esse hormônio regulado ajuda a aumentar a disposição e o bom humor, assim como a capacidade de sentir prazer.
O tratamento injetável de hormônios ajuda a preservar a memória
Um estudo realizado pela Harvard Men’s Health Watch aponta que homens mais velhos têm chances de perder a memória devido à queda da testosterona.
Por sua vez, os mais jovens, que apresentam níveis mais elevados desse hormônio, têm os tecidos cerebrais mais protegidos. Além disso, a testosterona também influencia na capacidade cognitiva.
Como avaliar os níveis de testosterona no organismo?
Os exames que indicam os níveis de testosterona no organismo podem ser de sangue ou de saliva. O mais complicado, porém, é avaliar seu resultado, pois há variações ao longo do dia. É comum que a taxa seja mais elevada de manhã e no final da tarde.
Por esse motivo, antes de se preocupar excessiva e desnecessariamente, recomenda-se levar os exames para que o médico verifique.
Quem pode se beneficiar com a reposição de testosterona?
Não são apenas os homens na fase de andropausa que se beneficiam com a reposição da testosterona.
Adolescentes com puberdade masculina atrasada também podem ser contemplados por esse tratamento. Além disso, existem mulheres com baixo nível de testosterona e elas podem ser beneficiadas pela reposição do hormônio.
Monitoramento do paciente
Pacientes que fazem o tratamento injetável de hormônios devem passar por acompanhamento médico.
É necessário que as consultas sejam realizadas a cada três a seis meses no primeiro ano, diminuindo a frequência no período posterior.
Nessas ocasiões, ele deve relatar ao médico urologista ou andrologista os sintomas no trato urinário e apneia do sono. Também deve ser realizado o toque retal para avaliar a próstata e exame de sangue para detectar os níveis de testosterona, PSA, hematócrito e hemoglobina.
O toque retal deve ser realizado no terceiro e sexto mês e, depois, anualmente. Também é preciso avaliar a massa óssea da coluna lombar e do colo do fêmur a cada ano, ou se houver osteopenia, bianualmente.
Mesmo que os níveis de testosterona estejam abaixo da normalidade, não será necessário ajustar a dose se o paciente apresentar resposta clínica adequada.
Tratamento injetável de hormônios: algumas opções
Destacamos a seguir as opções mais frequentes de tratamento injetável de hormônios, conforme o artigo “Tratamento e monitoramento da andropausa”, da Revista da Associação Médica Brasileira:
- Ésteres, enantato e cipionato de testosterona: formulações oleosas de longa duração, com nível sérico máximo de dois a cinco dias após a injeção. Possibilitam atingir níveis suprafisiológicos nos primeiros dias após a aplicação, com flutuações dos níveis de testosterona que podem aumentar a frequência de efeitos colaterais, como inflamação e dor no local da administração intramuscular. É o método mais barato e utilizado.
- Undecanoato de testosterona: promove níveis fisiológicos de testosterona durante seis a oito semanas.
- Mistura de quatro ésteres (que podem ser testosterona, propionato, fenilpropionato, isocaproato e decanoato). Cada um apresenta meia vida diferente. Sua associação tem o objetivo de prolongar a ereção.
Esperamos que nosso artigo tenha contribuído para a eficácia do seu trabalho junto aos pacientes ao longo do tratamento injetável de hormônios. Continue acompanhando o blog para mais artigos como esse.