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O urologista desempenha um papel fundamental na qualidade de vida do homem, pois trata da saúde sexual masculina, entre diversas outras questões relacionadas à saúde. Por esse motivo, esse profissional, assim como o médico especializado em andrologia, precisa abordar temas delicados que ainda são tabus para alguns homens.

Muitos chegam aos consultórios com vergonha de falar sobre assuntos como disfunção erétil, ejaculação precoce e falta de libido, que afetam diretamente sua autoestima e bem-estar. Sendo assim, é necessário transmitir confiança a esses pacientes ao tocar no assunto e ter tato para tratar pontos tão delicados.

A seguir, confira 3 dos problemas de saúde sexual masculina que os urologistas ajudam a tratar:

Diminuição/perda da libido

A falta de desejo sexual no homem é um dos fatores que mais impactam nas relações pessoais e está diretamente ligada à produção de testosterona, que a partir dos 40/50 anos diminui gradativamente (uma queda de cerca de 12% por década).

Esse apontamento leva ao DAEM: Distúrbios Androgênicos do Envelhecimento Masculino (ou hipogonadismo tardio), que é caracterizado por uma série de sintomas decorrentes da mudança hormonal no homem, entre eles a libido, a baixa densidade mineral óssea, disfunção erétil, entre outros.

O tratamento indicado pelo urologista é realizado por meio da reposição hormonal com testosterona e, nesse caso, é avaliada também a prolactina no organismo.

Geralmente, o médico especialista indica a injeção intramuscular ou a transdérmica, de acordo com a necessidade de cada paciente.

Outros fatores que podem ocasionar a perda da libido

Além da DAEM, há outros fatores que podem levar à perda da libido. São eles: a depressão, problemas emocionais ou outras questões psicológicas, por exemplo.

Esse é o chamado transtorno do desejo sexual hipoativo masculino, que está ligado a fatores biológicos, de desenvolvimento, interpessoais e até culturais!

Nesses casos, a saída é a psicoterapia especializada, para entender cada caso afundo, pois não há desregulação de hormônio, logo, um tratamento com medicamentos para esse fim não surte efeito.

Obesidade, tabagismo, alcoolismo, uso de determinados remédios, HPB (Hiperplasia Prostática Benigna) também são outros fatores que podem estar relacionados com a falta de libido.

Saúde sexual masculina e a ejaculação precoce

A ejaculação precoce é mais uma das questões que afligem a saúde sexual masculina e afetam diretamente a vida pessoal, levando até a quadros de depressão e baixa autoestima. Além de insatisfação com o próprio corpo e com o parceiro. O urologista pode ajudar a diagnosticar precocemente e indicar o melhor tratamento.

Existem dois tipos de ejaculação: primária – quando o indivíduo nunca conseguiu controlar a ereção ou secundária, que surge depois dele já ter controlado a ereção e apresenta a ereção rápida, que costuma ser associada à disfunção erétil. De acordo com o Portal da Urologia, o problema chega a atingir 30% dos homens!

Causas da ejaculação precoce

As causas são diversas e podem estar ligadas a fatores comportamentais, como ansiedade, ou questões físicas.

Algumas das causas:

  • Prostatite;
  • Hipersensibilidade da glande;
  • Problemas de tireoide;
  • Alterações na serotonina, responsável por regular o humor, entre outros.

Como funciona o tratamento?

Os tratamentos para essa questão que envolve a saúde sexual masculina costumam ser por: antidepressivos ISRS: fluoxetina, paroxetina, sertralina e citalopram; antidepressivos tricíclicos: amitriptilina e clomipramina ou, em casos específicos, medicamentos ansiolíticos: alprazolam e lorazepam.

Dependendo do grau de ejaculação precoce do paciente, também é possível indicar o uso de spray sublingual, que é administrado sob demanda ou diariamente. O médico pode definir o tratamento adequado para o paciente conforme suas especificidades.

Além disso, a possibilidade de haver contraindicações é mínima, uma vez que o medicamento foi projetado exclusivamente para aquela determinada pessoa.

Cápsulas de Dapoxetina são outra opção, pois o componente é um inibidor seletivo da recaptação da serotonina e permite uma relação mais duradoura para o paciente.

Isso porque alguns estudos realizados pela Universidade de Minnesota, nos Estados Unidos, demostraram que a Dapoxetina aumenta de três a quatro vezes a duração do ato sexual. O medicamento pode ser ingerido poucas horas antes relação sexual (de 1 a 3 horas).

Disfunção erétil e a urologia

A disfunção erétil, segundo estudos recentes publicados pelo Hospital Oswaldo Cruz, possui mais incidência com o avançar da idade.

Causas mais comuns da disfunção erétil

A dificuldade em manter a ereção, em 20% dos casos, está relacionada à ansiedade e ao estresse. Se acontecer em um período superior a três meses pode haver uma causa física, como efeitos colaterais de medicação, lesões ou doenças.

Nesse sentido, tratar da saúde sexual masculina não beneficia apenas a autoestima dos homens: também alerta sobre a presença de problemas mais graves. Um desempenho sexual insatisfatório pode ser indício de doenças cardiovasculares, do aparelho respiratório, da próstata e cânceres.

A disfunção erétil também aponta para doenças renais, diabetes e obesidade, que somadas às cardiovasculares são responsáveis por 70% dos casos. Lesões na coluna espinhal, na pelve e no pênis também podem prejudicar a saúde sexual masculina.

Saúde sexual masculina: tratamentos indicados para disfunção erétil

Para cuidar de sua saúde sexual, o paciente terá que rever alguns comportamentos, como tabagismo e consumo excessivo de álcool. Também é fundamental seguir uma dieta equilibrada e fazer atividades físicas com frequência.

Além de adotar hábitos saudáveis para o corpo, é essencial para a saúde sexual masculina cuidar da mente. Nesse sentido, é indicada a psicoterapia, que ajuda o paciente a lidar com a ansiedade, por exemplo.

Veja, a seguir, como o paciente pode ser medicado em seu tratamento:

Medicações orais

Em 1998, a sildenafila passou a ser introduzida e isso possibilitou o tratamento da disfunção erétil por meio de medicamentos orais. Hoje, as drogas inibidoras de PDE constituem a terapia mais utilizada contra a DE.

Além da sildenafila, são elas: a tadalafila, a vardenafila e a lodenafila, todas aprovadas pela ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). Esses medicamentos promovem o relaxamento da célula muscular do tecido cavernoso, pois são indutoras do mecanismo erétil – o que possibilita a ereção.

Com esse tratamento, é possível proporcionar ao paciente uma ereção com rigidez peniana suficiente para penetração vaginal. A escolha da droga deve contemplar o perfil do paciente, sua tolerância, fatores de risco e efeitos colaterais. Apresentam uma contraindicação comum: o uso concomitante com nitratos.

Spray sublingual de tadalafila

O spray sublingual de tadalafila pode ser autoadministrado e é útil quando é necessária uma resposta rápida.

Esse medicamento entra na corrente sanguínea pelas células que permeiam a boca com mais rapidez que os comprimidos. Por isso, o efeito desejado é alcançado com uma dose menor.

O spray possibilita a liberação de óxido nítrico (NO) ao corpo cavernoso do pênis. Isso causa um relaxamento na parede muscular dos vasos sanguíneos, o que aumenta o fluxo sanguíneo e promove a ereção.

Medicações injetáveis (Injeções penianas/farmacoterapia intracavernosa/Injeção intracavernosa)

As medicações injetáveis (injeções penianas, farmacoterapia intracavernosa ou injeção intracavernosa) devem ser utilizadas em alguns casos:

Quando o paciente já não apresenta uma resposta favorável ao uso de medicamentos orais ou quando ele apresenta significativos efeitos colaterais provocados pelo seu uso.  Desta forma, é um tratamento intermediário entre a falha do comprimido e o implante de uma prótese peniana. 

Componentes do tratamento

São mais usadas as seguintes combinações para injeção intracavernosa: bimix (papaverina + fentolamina ou fentolamina + alprostadil) e trimix (papaverina + fentolamina + alprostadil).

Diversos estudos mostram uma taxa de satisfação acima de 75% nos pacientes que utilizam medicações injetáveis e menor incidência de priapismo ou fibrose. Os efeitos colaterais são poucos, em função dos volumes menores de cada fármaco necessário e a ação em diferentes vias aumenta a eficácia do tratamento.

Logo, com todas as informações acima, podemos notar a importância de um acompanhamento de rotina com o urologista e de diagnosticar questões que tanto afligem a saúde e o bem-estar o quanto antes. Dessa forma, o profissional especializado pode direcionar o tratamento mais adequado.

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