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O hCG é um hormônio produzido pelo sinciciotrofoblasto durante a gravidez, desempenhando um papel crucial no suporte à gravidez precoce, preservando o corpo lúteo, além de também estimular a produção de progesterona, outro hormônio essencial para manter o revestimento uterino, apoiando assim a implantação do embrião e o desenvolvimento precoce da gravidez. 

Sendo assim, em mulheres que têm dificuldade para ovular ou têm ciclos menstruais irregulares, o HCG pode ser administrado visando à indução da ovulação, sendo aplicado frequentemente em conjunto com outros fármacos, como o hormônio folículo estimulante (FSH) recombinante, para estimular o desenvolvimento de múltiplos folículos maduros, o que aumenta as chances de uma fertilização bem-sucedida, particularmente em procedimentos como fertilização in vitro (FIV) e inseminação intrauterina (IIU). 

Ademais, o hCG exógeno ajuda a suportar o corpo lúteo e a manter níveis adequados de progesterona durante as primeiras etapas da gravidez, até que a placenta possa assumir essa função. 

Estudos sobre o uso

Por conseguinte, uso do HCG no tratamento da infertilidade feminina tem sido amplamente estudado. Uma revisão Cochrane de 2020 avaliou o efeito do HCG em mulheres com infertilidade devido à síndrome dos ovários policísticos (SOP) e concluiu que o uso do HCG aumentou significativamente as taxas de gravidez clínica e o número de óvulos maduros produzidos em comparação com o placebo ou nenhum tratamento. 

Outro estudo randomizado controlado realizado em 2018 avaliou a eficácia do HCG na indução da ovulação em mulheres com infertilidade devido à anovulação e observou que o uso do HCG resultou em maiores taxas de gravidez e nascidos vivos em comparação com o placebo. 

Conclusão

No entanto, é importante ressaltar que o uso do HCG deve ser realizado sob a supervisão de um profissional médico qualificado e a posologia pode variar substancialmente nos casos de reprodução assistida com inseminação intrauterina, com divergências em literatura quanto a timming e doses. 

Referências:

  1. Cochrane Database Syst Rev. 2020;2(2):CD012933. 
  2. Int J Fertil Steril. 2018;12(2):104-108. 

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