O prazer sexual da mulher é um tema repleto de tabus. Sendo assim, compreender a relação entre libido feminina e bem-estar é fundamental para garantir a qualidade de vida desse público.
Ao longo da história, as mulheres foram ensinadas a ter receio de expressar seus desejos – isso varia de geração para geração e também está muito ligado a questões culturais. Porém, a pílula anticoncepcional, entre outras revoluções, veio para transformar essa realidade.
Hoje, o sexo é discutido mais livremente entre as mulheres, que já conquistaram meios de exercer sua sexualidade com mais liberdade. Mesmo assim, ainda existem diversas dúvidas sobre a libido feminina, portanto separamos algumas para você conferir abaixo:
1. Mulheres no período pré-menstrual não têm relações sexuais
Mito! Uma crença muito difundida é que as mulheres não gostam de transar durante o período pré-menstrual, mas não é sempre assim.
De fato, os hormônios exercem grande influência sobre a libido feminina e o desconforto gerado pelos sintomas da TPM podem impactar no desejo da mulher. Contudo, as endorfinas liberadas pelo ato sexual podem ser um alívio para esses incômodos!
Outro tabu são as relações sexuais no período menstrual, mas saiba que nesse momento a libido costuma ser maior, ao contrário do que muitos pensam. E há alguns artifícios que ajudam a perder a vergonha, em especial por conta do sangue, como o uso de um disco menstrual.
2. A menopausa acaba com a libido feminina
Outro mito referente à libido feminina é que ela chega ao fim quando a mulher atinge a menopausa. Diferente disso, muitas mulheres vivenciam ainda mais sua sexualidade ao chegarem em uma faixa etária mais madura.
É claro que existem alguns casos, como a característica queda dos hormônios testosterona, estrogênio e progesterona no climatério, grandes responsáveis pela libido. Nesse caso, é importante consultar um especialista que vai indicar a reposição hormonal mais adequada.
3. A perda da libido também pode estar ligada a uma disfunção sexual
Verdade! É essencial investigar o motivo da perda da libido feminina. Além da menopausa que trouxemos acima, ainda é possível atrelar esse fator a disfunções sexuais, como o Transtorno da Excitação Feminina. Nesse caso, existem alguns tratamentos avançados que ajudam a trazer mais qualidade de vida às mulheres, como o uso do alprostadil.
Outro ponto são as questões psicológicas, fatores emocionais (traumas passados, relação com o parceiro, estresse, ansiedade etc.) e uso de determinados medicamentos, como antidepressivos, que influenciam no desejo sexual.
4. Álcool pode afetar a libido feminina
Esse é outro fator que precisa ser levado em consideração. Embora muitos pensem que a bebida alcoólica relaxa e ajuda na hora da relação sexual, ela pode afetar negativamente a libido feminina.
O que alguns especialistas acreditam é que, consumido em grandes quantidades ao longo da semana, ele chega a atrasar ou até impedir a ovulação. E o que isso causa? Esse é o momento do ciclo em que há um auge na libido, portanto ela é prejudicada, assim como a produção de certos hormônios!
O tabagismo também pode causar efeitos negativos no desejo sexual, pois agride o sistema reprodutor e modifica a lubrificação vaginal!
5. Anticoncepcionais afetam o desejo sexual
Aqui podemos dizer que a resposta circula entre mito e verdade (depende). Isso porque por um lado o anticoncepcional traz a liberdade à mulher, que tem menos preocupações com a gravidez. Em contraponto, uma pesquisa da Universidade de Heidelberg, na Alemanha, trouxe o fato de que os contraceptivos orais reduzem a libido feminina, com base em relatos das entrevistadas.
Métodos hormonais, assim como implantes, também tiveram associações semelhantes. É possível que isso ocorra com maior frequência no período de adaptação do uso do medicamento, mas se perdurar, é essencial conversar com o ginecologista.
Podemos entender o autoconhecimento como a chave para uma vida sexual ativa e bem-resolvida. Afinal, ainda existem muitos tabus sobre o assunto – conhecer o próprio corpo e entender os desejos, assim como desenvolver uma liberdade maior para falar sobre sexo é extremamente importante. Tudo isso sem esquecer dos métodos de prevenção contra DSTs, principalmente a camisinha!