Há diferentes disfunções sexuais, como a ejaculação precoce, que podem impactar a autoestima de pessoas de todas as idades, sendo necessário procurar a ajuda de um especialista para um tratamento médico adequado.
A ejaculação precoce se dá quando o orgasmo acontece antes do desejado. É diagnosticada nos casos em que a penetração e a ejaculação duram menos de um minuto, enquanto o tempo de uma relação costuma variar entre cinco e sete minutos, aproximadamente.
Porém, em alguns contextos, relações sexuais com tempo inferior a três minutos também são consideradas como uma disfunção. Veja a seguir como é realizado seu tratamento.
Ejaculação precoce: tratamento medicamentoso e psicoterapia
A ejaculação precoce afeta cerca de 20% da população masculina. Para identificar as causas, é necessário que o paciente passe por uma avaliação médica completa. Ao aderir a tratamentos com determinados medicamentos, como antidepressivos ISRS, antidepressivos tricíclicos e ansiolíticos, é possível reverter a disfunção e promover mais qualidade de vida para o paciente.
Entre as medicações mais usadas com esse objetivo, estão: paroxetina, fluoxetina, sertralina, citalopram, clomipramina e dapoxetina. Outra medida indicada é encaminhar o paciente para a psicoterapia, já que a ansiedade é um fator agravante dessa disfunção.
Tratamento de psicoterapia
As abordagens da psicoterapia podem ser cognitivas e comportamentais, mas outras técnicas psicoterapêuticas também podem ser adotadas. Essa prática funciona como um processo de reeducação do paciente e de sua parceira.
Por meio da psicoterapia, ambos têm acesso a informações importantes sobre sexualidade. Dessa forma, torna-se possível, para o homem, restabelecer o controle ejaculatório e sua parceira pode ajudá-lo nessa tarefa.
Neste artigo, vamos abordar também outros tipos de distúrbios do orgasmo, além da ejaculação precoce. Esses distúrbios englobam a ejaculação retrógrada, a anejaculação e a ejaculação retardada e anorgasmia. Acompanhe os próximos tópicos.
Ejaculação retrógrada
Trata-se da ejaculação para a bexiga. Nesses casos, o colo vesical fica aberto durante a emissão do sêmen. Suas classificações e possíveis causas são de origem: anatômica, neurológica, farmacológica e idiopática. Confira a seguir:
Anatômico:
- Ressecção transuretral da próstata;
- Adenomectomia aberta da próstata;
- Ressecção do colo vesical (doença de Marion);
- Fibrose do colo vesical;
- Válvula de uretra posterior;
- Extrofia vesical.
Neurológica:
- Cirurgias que lesam o plexo simpático toracolombar e seus ramos;
- (Cirurgias colorretais, linfadenectomia retroperitoneal etc.);
- Trauma raquimedular;
- Neuropatia autonômica (diabetes, por exemplo);
- Esclerose múltipla.
Farmacológica:
- Alfabloqueadores, principalmente a tansulosina;
- Antipsicóticos (clorpromazina, por exemplo);
- Antidepressivos;
- Diuréticos tiazídicos.
Como é feito o diagnóstico?
Seu diagnóstico se dá quando o histórico é de nenhuma ou poucas ejaculações. É necessário averiguar doenças que o paciente possa ter, bem como drogas utilizadas por ele.
Para confirmação desse diagnóstico deve ser realizado um exame de urina após a ejaculação. Se forem encontrados entre cinco e dez espermatozoides em campo de alta magnificação, o paciente sofre de ejaculação retrógrada.
Quando sua origem refere-se ao uso de medicamentos, deve ser suspensa a medicação que ocasionou esse distúrbio do orgasmo. A suspensão da droga tem como consequência o desaparecimento do sintoma.
Também há pacientes que adquiriram essa condição em decorrência de cirurgias de colo vesical, próstata ou fibrose. Para esses casos, a literatura ainda não traz muitas soluções efetivas.
Dessa forma, é preciso realizar a coleta de espermatozoides, caso sejam necessários para realizar fertilização, e o paciente deve ser orientado nesse sentido.
Doenças neurológicas, entre elas neuropatia autonômica, esclerose múltipla e trauma raquimedular também podem desencadear a ejaculação precoce. Para esses pacientes é indicado o tratamento com imipramina. Sua dose varia entre 25 e 75 mg e os resultados também são variáveis, dependendo de quanto o colo vesical está comprometido.
Anejaculação
Homens com anejaculação são incapazes de ejacular, o que é diferente da ejaculação precoce. Ou seja, é quando, durante as relações sexuais, não sai nenhum sêmen do pênis.
Há duas classificações para a anejaculação. Ela pode ser primária, no caso de homens que nunca conseguiram ejacular, e secundária, quando essa capacidade é perdida.
Entre as causas da anejaculação destacam-se: agenesia das vesículas seminais e próstata, obstrução dos ductos ejaculatórios e extirpação cirúrgica da próstata ou vesícula.
Em muitos casos, a anejaculação deve ser tratada como ejaculação retrógrada. Contudo, não existe solução terapêutica para os pacientes que não possuem os órgãos de produção do esperma.
Ejaculação retardada e anorgasmia
A ejaculação retardada também é um distúrbio do orgasmo, assim como a ejaculação precoce, e consiste em uma persistente dificuldade em alcançar a ejaculação. Isso acontece apesar do estímulo sexual ser considerado suficiente.
Já a anorgasmia é a incapacidade de atingir o orgasmo. Os dois distúrbios podem ser ocasionados por uma série de fatores, que incluem:
- Abuso de álcool;
- Uso de psicotrópicos;
- Hipogonadismo;
- Culpa religiosa;
- Receio de engravidar a parceira;
- Preferência por masturbação.