A disfunção erétil (DE) afeta um número significativo da população masculina. Em muitos casos, o tratamento indicado inclui a aplicação de injeção intracavernosa. Neste artigo, vamos abordar essa solução.
Muitos pacientes chegam ao consultório médico relatando dificuldades em obter ou manter a ereção. Depois de examiná-los, é possível diagnosticá-los com disfunção erétil.
A DE pode ter muitas causas, que também devem ser investigadas e combatidas pelo médico urologista. Entre os problemas de saúde que implicam nessa condição, destacam-se colesterol alto, pressão alta, diabetes, obesidade, doença cardíaca, mal de Parkinson e esclerose múltipla.
Essa disfunção sexual também pode ser atribuída ao uso de drogas, entre ela, o tabaco, o álcool e determinados medicamentos. Além de problemas de cunho psicológico, como ansiedade e depressão.
Linhas de tratamento
Existem atualmente inúmeros medicamentos que podem auxiliar no tratamento, mas para saber qual receitar, é importante analisar o grau da disfunção apresentada pelo paciente.
Em casos mais severos, quando a medicação oral não faz mais efeito, recomenda-se o uso de injeção intracavernosa. Trata-se de uma solução menos drástica do que a implantação de prótese peniana.
No tópico a seguir, serão apresentados os principais componentes utilizados na injeção. Continue acompanhando:
Injeção intracavernosa: principais componentes
Os componentes mais utilizados na injeção intracavernosa são: prostaglandina E1 (alprostadil), papaverina e fentolamina. Eles podem ser utilizados de maneira isolada ou em associações entre si. Veja, a seguir, suas principais características:
Prostaglandina:
Sua meia vida plasmática dura menos que um minuto. Apresenta metabolismo local e sinergismo com outras drogas.
A injeção intracavernosa com esse componente pode ocasionar dor em até 20% dos casos e ereção prolongada e priapismo em até 2%. Também pode causar ardência devido ao seu pH. Suas taxas de sucesso são de 70% a 75%.
Papaverina:
Alcaloide relaxante da musculatura lisa sinusoidal, apresenta metabolização hepática e meia vida de uma a duas horas, além de eliminação lenta e pH ácido. Permite uma ereção mais prolongada, com início mais demorado. Pode causar fibrose e priapismo.
Fentolamina:
Antagonista alfa-adrenérgico, com afinidade pelos receptores alfa 1 e alfa 2. Tem meia vida plasmática de 30 minutos, pode potencializar a ação de outros componentes e gerar efeitos colaterais como arritmia, eventos isquêmicos, taquicardia, hipotensão, congestão nasal e desconforto gastrointestinal;
Contraindicações e complicações
A injeção possibilita estabelecer dosagens e componentes de acordo com o grau de disfunção do paciente e seu quadro clínico. Ou seja, contempla suas necessidades e limitações.
Dessa forma, é possível evitar complicações graves no tratamento e alcançar um resultado satisfatório. Contudo, essa escolha ainda deve envolver determinadas precauções. É necessário ter em mente que:
- Pacientes que já tiveram priapismo podem apresentar esse problema novamente;
- O paciente precisa ser avisado que a aplicação da injeção intracavernosa deve ser feita na face lateral do pênis;
- O paciente tem que ser avaliado com frequência pelo especialista, que deve suspender ou adequar o tratamento, se necessário;
- O paciente deve recorrer procurar ajuda médica caso a ereção dure mais que quatro horas.
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