Diferentes regiões do corpo podem ser afetadas por vários tipos de câncer. Alguns deles, no entanto, são mais frequentes em mulheres, portanto, elas devem ficar atentas a quaisquer sintomas que possam indicar um problema de saúde.
Embora o câncer de mama continue sendo a doença que mais atinge as mulheres, outros cânceres que são comuns e que podem ser prevenidos ou tratados, segundo a Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica, também são tratáveis ou evitáveis. Os cânceres de pulmão, estômago, colo do útero e colorretal estão todos incluídos nesta lista.
Vale lembrar que, qualquer pessoa pode adquirir câncer, e vários fatores de risco, incluindo fumar, beber e suscetibilidade genética, estão fortemente ligados à doença.
Confira abaixo quais são os tipos de câncer mais comuns entre as mulheres…
Câncer de mama
Esse é um dos tipos de câncer mais comum entre mulheres.
Os principais fatores de risco incluem idade, mulheres com mais de 50 anos têm a maior prevalência. Contudo, histórico familiar, falta de filhos, primeira gravidez após os 30 anos, uso de contraceptivos, uso de álcool e obesidade também podem ser fatores que contribuem para que mulheres mais jovens sejam acometidas.
No Brasil, foram estimados 66.280 casos novos de câncer de mama em 2021, com um risco estimado de 61,61 casos a cada 100 mil mulheres.
O Instituto Nacional do Câncer (Inca) recomenda iniciar um esquema de rastreamento com exames mais frequentes, como a mamografia, a partir dos 50 anos, mas sociedades médicas e organizações internacionais dizem que a partir dos 40 anos é o ideal porque 90% dos casos da doença têm chance de cura quando detectados precocemente.
Em geral, há uma chance significativa de cura desse tipo específico de câncer, especialmente se for descoberto no início.
Por essa razão, o autoexame e as visitas médicas de rotina são importantes, e as campanhas de conscientização sobre doenças enfatizam a importância de exames como a mamografia.
Câncer colorretal
Os tumores que afetam o cólon e o reto, duas seções do intestino grosso, estão incluídos no câncer colorretal. Esses tumores geralmente se desenvolvem a partir de pólipos benignos, que podem crescer lentamente na parede interna do intestino grosso e levar anos para se transformar em tumores malignos.
Ao identificar esses pólipos por colonoscopia e removê-los, podem ser evitadas condições que, quando se manifestam e são descobertas precocemente, têm alto índice de cura.
Os principais fatores de risco para o câncer colorretal são uma dieta rica em carne vermelha processada, como bacon, linguiça, salame, presunto e mortadela, idade acima de 50 anos, obesidade, falta de exercícios, tabagismo e alcoolismo. Os pólipos, câncer colorretal ou doença inflamatória intestinal no passado, bem como a ocorrência de câncer colorretal em parentes de primeiro e segundo grau também são um fator significativo na ocorrência desse tipo de câncer.
Esse é um dos tipos de câncer no qual dor abdominal, alterações do hábito intestinal e sangue nas fezes são os principais sinais, embora em muitos casos o câncer não produza sintomas nas fases iniciais, necessitando de exames de triagem para o diagnóstico. A colonoscopia é utilizada para diagnóstico e prevenção, pois permite a detecção e remoção de pólipos intestinais, bem como a detecção e identificação precoce de lesões (lesões precursoras do câncer).
Câncer de colo do útero
A infecção pelo vírus do papiloma humano (certos tipos) que não é tratada pode levar ao câncer cervical (HPV).
Existem vários tipos diferentes de HPV, que são clinicamente separados nas categorias de alto e baixo risco. As verrugas genitais, uma das DSTs mais prevalentes, são causadas por vírus de baixo risco que são freqüentemente tratados com sucesso pelo sistema imunológico, enquanto os HPVs de alto risco, particularmente os tipos oncogênicos 16 e 18, têm a capacidade de se integrar ao sistema genético do hospedeiro.
Atualmente, existem exames preventivos, com destaque para o exame de Papanicolaou, que pode identificar alterações celulares ainda em seus estágios iniciais, auxiliando no diagnóstico, tratamento e cura.
Todos os anos, cerca de 16.000 mulheres brasileiras recebem um diagnóstico de câncer cervical. Esta doença tira a vida de cerca de 5.000 mulheres anualmente, ou uma a cada 90 minutos.
A vacina contra o HPV, recomendada para meninas entre 9 e 13 anos, pode, no entanto, prevenir a doença. Além disso, a partir dos 25 anos e continuando até os 65 anos, as mulheres que já tiveram experiência sexual anterior devem fazer o exame de Papanicolaou. O exame pode ser feito a cada três anos, já que os dois exames anteriores não apresentaram alterações porque a doença piora lentamente com o tempo.
Inicialmente, esse é um dos tipos de câncer que não apresenta sintomas, mas à medida que piora, a mulher pode começar a ter sangramento vaginal irregular, corrimento vaginal após o sexo ou, em casos mais graves, dor abdominal anômala acompanhada de problemas digestivos ou contínuos.
Câncer de tireóide
A glândula tireoide é responsável por produzir os hormônios que controlam o metabolismo do corpo. Governa vários órgãos diferentes, incluindo o coração e o cérebro, bem como o crescimento e desenvolvimento de crianças e adolescentes, a regulação dos ciclos menstruais, o controle da fertilidade, etc, seja cirurgicamente ou sob o controle de determinados produtos farmacêuticos.
No entanto, os nódulos podem evoluir para câncer de tireoide em algumas circunstâncias.
Câncer de pulmão
O Instituto Nacional de Câncer (INCA) estima que para cada ano do triênio 2020/2022, sejam diagnosticados no Brasil 12.440 novos casos de câncer de pulmão, traqueia e brônquio em mulheres.
Esse é um dos tipos de câncer mais fáceis de prevenir, apesar de ser uma das formas mais agressivas.
Nesse caso, o tabagismo é o maior fator de risco.
A doença causa perda de peso, dores no peito, espirros e tosse com sangue, entre outros sintomas. Eles normalmente não se manifestam até que a malignidade tenha avançado, tornando o tratamento um desafio. O principal conselho para prevenir o câncer de pulmão é parar de fumar.
Câncer de estômago
Embora esse seja um dos tipos de câncer que não apresenta nenhum sintoma óbvio, existem alguns indicadores de alerta, como perda de peso, perda de apetite, cansaço, sensação de inchaço, vômito, náusea e dor abdominal persistente.
Tanto as doenças benignas (como gastrite, duodenite, esofagite, úlceras, etc.) quanto o câncer de estômago podem ser indicados por esses sintomas. Assim, é importante valorizar até mesmo sintomas, níveis e características incomuns.
Uma pessoa pode nascer com alterações que podem levá-la a desenvolver câncer de estômago ou pode adquiri-lo mais tarde na vida. O mais típico é adquirido. Muitos deles se desenvolvem como resultado de hábitos e vícios, como uma dieta deficiente em carne, peixe, laticínios e vitaminas A e C, ou ainda maior consumo de alimentos aromatizados ou conservados em sal, que são fatores de risco para esse tipo de câncer.
Existe uma ligação entre o uso de álcool e tabaco e alguns tipos de tumores malignos do estômago. Este câncer também está ligado a uma infecção por Helicobacter pylori. O uso de antibióticos possibilita a eliminação do agente.
Tipos de Câncer: conclusão
Hoje você ficou por dentro dos principais tipos de câncer que acomete mulheres.
Desse modo, é preciso que a sua rotina incorpore uma série de atitudes para diminuir a probabilidade de contrair a doença.
O termo “prevenção do câncer” refere-se a medidas tomadas para diminuir a probabilidade de desenvolver a doença.
A prevenção primária visa prevenir o aparecimento do câncer. Viver um estilo de vida saudável e evitar a exposição a fatores de risco de câncer são dois exemplos disso.
A prevenção secundária visa identificar e tratar malignidades precoces assintomáticas, bem como doenças pré-malignas, como lesões provocadas pelo vírus HPV ou pólipos nas paredes intestinais.
De modo resumido, podemos dizer que, adotar um estilo de vida saudável que inclua alimentos e exercícios que previnem o câncer é essencialmente a melhor maneira de prevenir diferentes tipos de câncer.
O ditado “é melhor prevenir do que remediar” não poderia ser mais verdadeiro quando se trata de câncer do que com outras doenças. De acordo com estudos recentes, as práticas de vida que podem ser modificadas são responsáveis por até 40% das incidências de câncer e 50% das mortes relacionadas a doenças, e não a hereditariedade, o acaso ou a exposição a substâncias químicas.
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