A prostaglandina é um medicamento eficiente no tratamento de disfunção erétil (DE). Utiliza-se a injeção com essa substância quando o tratamento medicamentoso de via oral já não tão faz eficaz e/ou causam efeitos colaterais indesejados.
Como se sabe, a disfunção erétil consiste na incapacidade de o homem ter ereção ou manter o pênis ereto durante a penetração. Esse distúrbio afeta diretamente os relacionamentos, a autoimagem e o bem-estar dos homens.
Neste artigo, falamos sobre a prostaglandina nos formatos bimix e trimix e como esse medicamento atua no organismo masculino.
Disfunção erétil: quando a injeção entrou em cena
De acordo com esta publicação do Portal da Urologia, a injeção peniana passou a ser uma alternativa em 1982. Essa proposta, que logo se popularizou entre os urologistas, foi uma invenção do professor Ronald Virag, um médico francês.
Dez anos antes, as próteses penianas já haviam sido desenvolvidas. Já os medicamentos orais seriam lançados em 1998. Porém, conforme mencionamos, a medicação injetável tornou-se a opção de muitos homens que não alcançavam resultado com as soluções orais.
O que pode causar certa aversão é o fato de que, nesses casos, o medicamento é injetado pelo próprio paciente e/ou parceira em seu pênis, mais precisamente no canal intracavernoso.
Em contrapartida, um tratamento com prostaglandina injetável exige acompanhamento médico para evitar complicações. Porém, segundo estimativas, atualmente 1/5 dos homens que são orientados a aplicar injeção se adaptam ao tratamento.
Prostaglandina nos formatos bimix e trimix
Duas fórmulas bastante utilizadas de medicamentos injetáveis voltados à disfunção erétil são as injeções bimix e trimix. No caso da bimix, a composição contém entre 0,2 a 10 mg de fentolamina e de 10 a 25 mcg de prostaglandina. Também é possível substituir a prostaglandina por papaverina, respeitando sempre as doses recomendadas para cada paciente.
Já a trimix é composta por 1 a 50 mg de papaverina, 0,2 a 20mg de fentolamina e 10 a 66 mcg de prostaglandina. Recomenda-se aplicar no máximo três vezes por semana, alternando o lado da aplicação.
Os efeitos colaterais são reduzidos devido à concentração dos fármacos na medida ideal para cada pessoa.
Como a prostaglandina e outras drogas atuam no organismo?
A prostaglandina apresenta uma meia vida menor que sessenta segundos, pode ser associada a outras drogas e seu metabolismo é local. Sua injeção é dolorosa em 10% a 20% dos pacientes. Porém, menos de 2% dos homens que fazem uso dessa solução têm priapismo ou ereção prolongada.
Entre os efeitos colaterais e reações adversas associadas a prostaglandina — e relatadas em até 1% dos pacientes, destacam-se:
- Hemorragia no local da injeção;
- Inflamação no local da injeção;
- Inchaço no local da injeção;
- Edema no local da injeção;
- Aumento da temperatura do pênis;
- Dormência;
- Irritação;
- Sensibilidade diminuída;
- Fimose;
- Ereção dolorosa;
- Ejaculação anormal.
Já a fentolamina age promovendo um relaxamento arterial e apresenta meia vida de meia hora. Torna a ação de outras drogas mais potentes e pode causar efeitos colaterais como taquicardia, hipotensão e arritmia.
Por sua vez, a papaverina é um alcaloide que age relaxando os músculos lisos e apresenta meia vida de uma a duas horas. Pode causar fibrose e priapismo.
Como aplicar o alprostadil?
Recomenda-se que as primeiras injeções sejam aplicadas com supervisão médica até que o paciente esteja apto a aplicar sozinho. A seringa e a agulha devem ser utilizadas uma única vez e devidamente descartadas.
A injeção deve ser aplicada no dorso lateral do pênis, evitado veias visíveis e alternando o lado da injeção.
Além disso, não é recomendado tomar essa injeção mais do que três vezes por semana, com um intervalo inferior a 24 horas entre as doses. E mais: doses de manutenção da maiores do que 60 mcg não são recomendadas.
Neste artigo, trouxemos informações sobre a prostaglandina e outros medicamentos utilizados para tratar a disfunção erétil. Compartilhe nosso texto com outras pessoas que possam se interessar pelo tema.