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É notável que a saúde masculina não é levada a sério por muitos homens.

Uma das razões disso é que a ideia de que o homem é uma pessoa invulnerável que não deve demonstrar suas emoções ou sensações persistiu ao longo da história. Um dos principais fatores que interferem no acesso aos cuidados de saúde são esses pensamentos que se desenvolviam sobre o gênero masculino na sociedade, ao longo do tempo

Devido a esses preceitos históricos arraigados sobre a masculinidade, os homens costumam dar pouca importância à saúde e menos ainda à prevenção de doenças.

Ao considerar dados pontuais que mostram que os homens só procuram atendimento médico nos níveis mais graves das doenças, fica evidente o pano de fundo da despreocupação com a prevenção e cuidado com a saúde masculina.

Não é à toa que, a procura pelos atendimentos dos serviços de saúde pelos homens é bem diferente das mulheres, pois eles se concentram na assistência a agravos e doenças, ou seja, em geral, só buscam auxílio médico em situações extremas de emergência e urgência.

É verdade que os homens precisam se cuidar melhor e quebrar alguns tabus (como exame de próstata ou disfunção erétil, por exemplo).

Saúde masculina e as principais doenças que afetam os homens

Câncer de próstata

O exame de sangue PSA e o toque retal, realizados por um urologista ou proctologista, são os dois exames de próstata mais frequentes para detectar alterações, como inflamação ou câncer, por exemplo.

A partir dos 50 anos, eles devem ocorrer uma vez por ano. Além disso, a partir dos 45 anos, o preventivo deve ser feito, se houver histórico familiar de câncer de próstata.

Disfunção erétil

A disfunção erétil, mais conhecida como impotência sexual, é um problema persistente para os homens obterem ou manterem uma ereção e pode ser um sintoma de doenças crônicas. Sendo assim, a melhor atitude é entrar em contato com um médico especialista se isso acontecer regularmente (um a cada quatro encontros sexuais).

Acredita-se que a impotência sexual afeta 12% dos homens com menos de 60 anos, dissipando o mito de que é um problema específico dos homens mais velhos. É verdade que as pessoas mais velhas são mais propensas a vivenciá-lo do que as pessoas mais jovens; entre os homens com mais de 70 anos, o problema atinge 30% deles.

As razões da disfunção erétil são bem conhecidas e podem ter um componente médico (como distúrbios vasculares), psicológico (como depressão) ou mesmo relacionado ao estilo de vida (tabagismo). A boa notícia é que, hoje em dia, existem inúmeras maneiras de tratar a disfunção erétil.

Diabetes

O diabetes é uma condição que exige atenção; o Ministério da Saúde informa que, entre 2006 e 2017, a proporção de homens diabéticos no Brasil aumentou 54%. O maior percentual de ocorrências foi em Boa Vista, Roraima, com 9%, seguido por Belo Horizonte (8,6%) e Porto Alegre (8,3%). As regiões com os menores índices são Teresina (4,6%), Cuiabá (4,2%) e Palmas (3,7%).

Essa alteração na glicemia resulta em grandes quantidades de glicose no sangue, que geralmente causam sintomas como sudorese excessiva, cansaço, aumento da sede, sensação de cansaço, formigamento nos pés e nas mãos, entre outros.

Vale ressaltar que, as principais causas de morte de homens no Brasil são doenças cardiovasculares, como ataques cardíacos e derrames. Embora esses distúrbios possam ser causados por razões genéticas, ambientais ou psicológicas, eles geralmente se desenvolvem como resultado de comportamentos. Obesidade e pressão arterial são dois desses fatores que aumentam os riscos e prejudicam a saúde masculina.

Conclusão

A saúde masculina é uma questão carregada de estigma. E, lamentavelmente, muitos homens ainda enxergam a cultura do autocuidado como sinal de fragilidade, o que é um pensamento muito equivocado.

Com o objetivo de planejar ações construtivas e inclusivas, o Ministério da Saúde possui uma Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem justamente por se preocupar com a saúde masculina.

Além disso, visa sensibilizar o pessoal médico para que, por sua vez, tente envolver mais seus pacientes na conversa.

Por fim, a saúde masculina, é um assunto que precisa ser levado a sério. Existem alguns exames que podem garantir a detecção precoce de doenças e devem ser realizados rotineiramente, entre eles:

  • Pressão arterial;
  • Hemograma Completo;
  • Testes de urina;
  • Teste de fezes;
  • Teste de glicemia;
  • Atualização da carteira vacinal;
  • Verificação do perímetro;
  • Teste de IMC.

O acompanhamento do índice de saúde e a detecção precoce de doenças dependem da realização de exames médicos regulares e da realização de exames necessários.

Excesso de açúcar no sangue e colesterol alto, por exemplo, raramente resultam em sintomas, mas podem ser detectados rapidamente com um exame de sangue de rotina, permitindo a implementação de tratamentos preventivos antes que o problema se agrave.

Manter uma alimentação balanceada, praticar exercícios regularmente, abster-se do álcool e, no caso do fumante, parar de fumar são exemplos de cuidados que aumentam a expectativa de vida e a qualidade de vida.

Embora parar de fumar seja difícil, a mudança tem efeitos positivos significativos na saúde geral (não apenas na saúde respiratória).

Outras precauções simples incluem o uso de preservativos para evitar a propagação de DSTs e consumir cerca de 2 litros de água recomendados todos os dias.

Decidam cuidar da sua saúde, homens! A prevenção é sempre preferível ao tratamento. Além de simplesmente estar livre de doenças, ser saudável é ter uma vida plena e gozar de boa saúde, cuide-se!

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